sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Um pensamento sobre Manifestações sociais no Brasil

Por que em meados de 2013 algumas manifestações apareceram no Brasil? Difícil responder! Mas uma coisa é certa: Há uma forte insatisfação das camadas médias brasileiras. Desde o Plano Real as classes médias brasileiras vêm crescendo, fato que levou a uma nova conscientização dos problemas brasileiros por parte deste amplo grupo de cidadãos, sobretudo em decorrência das novas demandas de consumo e de qualidade de vida exigidas por esses grupos. Outro fator que deve ser citado são as audiências nas redes sociais virtuais, que amplificaram as interpretações sobre os movimentos sociais, visto que as mídias tradicionais tendem a conservar o pensamento daqueles que estão no poder. É importante argumentar que as redes sociais virtuais não são a causa das manifestações, mas sim um canal de circulação das reivindicações. Mas como dizia o filósofo MacLuhan: "O meio é a mensagem", dá-se a impressão de que essas redes são a motriz das manifestações. No ano que vem (2014) é provável que outras ocorram, visando uma demonstração internacional dos problemas brasileiros pela realização da Copa do Mundo, e, sobretudo, como meio de reivindicação e protesto no processo eleitoral. Cremos que o principal das manifestações, principalmente as futuras, é a organização dos diversos setores da sociedade civil entorno de exigências comuns, buscando comunicar aos candidatos qual a agenda de reivindicações mais gerais. Manifestar é um direito do cidadão!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Brasil e Argentina no futebol

Brasil e Argentina são países vizinhos e parecidos em vários aspectos. No entanto, parece que vivem em guerra! E por causa do futebol! E o futebol não deveria ser um aspecto diferenciador tão forte, onde nossas frustações são repassadas pelo embate proporcionado pelo jogo.

Percebo uma certa construção exagerada deste embate, conduzindo a uma visão pública equivocada das diferenças entre os dois países. Creio que os meios de comunicação deveriam reforçar as semelhanças e não apimentar as diferenças. O futebol não foi feito para isto.

domingo, 29 de março de 2009

"Flanelinhas" na cidade do Rio de Janeiro

Uma das diversas situações irregulares que vivenciamos no Rio de Janeiro é a presença constante dos guardadores autônomos de automóveis nas ruas da cidade, chamados popularmente de "flanelinhas". Esses "profissionais" "guardam" os carros dos cidadãos em troca de eventuais problemas que possam ocorrer, como furtos, arranhões, furos dos pneus etc. 

Muito bem, será que estamos entregando os automóveis nas mãos dos próprios "destruidores"? Será que não estamos pagando para os protetores não destruirem eles mesmos o objeto que protegem? 

Creio que estamos financiando os nossos próprios destruidores. Desta forma, acredito que devamos parar com esse financiamento e exigir do poder público soluções políticas apropriadas, já que a proteção das ruas é responsabilidade deles. 

Opine junto comigo.

sábado, 28 de março de 2009

"Branco e de olhos azuis"

Com esta frase, o presidente Lula discursou em Brasília diante do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, para expressar sua opinião sobre os culpados da atual crise econômica. Depois, justificou sua opinião dizendo que era direcionada à situação desconfortável que os imigrantes de países em desenvolvimento na Europa estão passando atualmente, pois estão sofrendo maior discriminação em decorrência do aumento significativo da taxa de desemprego na União Européia. 

Seja por qual razão, declarações desta natureza soam inoportunas, já que em tempos de crise a abertura de diálogo é fundamental para a retomada dos negócios comerciais, afetadas pela diminuição das trocas entre os países. Fazer comércio internacional também passa pela diplomacia discursiva. Logo, a declaração do presidente foi infeliz.  

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carnaval e erros

Considero o carnaval brasileiro a maior festa cultural do país. Nele diversas manifestações culturais tradicionais são apresentadas e vivenciadas pela população como um todo. Mas, o que precisamos refletir são os significados que elas representam nos grupos sociais, quais resultados são tirados desta festa para que possamos seguir em praticá-lo. 

Podemos verificar as intensas atividades feitas pelas pessoas no período carnavalesco, desde o turismo interno até práticas ilegais das mais diversas naturezas. Ou seja, o carnaval aceita tudo. Daí, pode-se concluir que a festa mostra uma parte do perfil social brasileiro, os seus defeitos e virtudes. 

Os defeitos são, basicamente, a intesificação da violência, num período onde os excessos são praticados em maior freqüência, usos exagerados de drogas, prática do sexo sem segurança, desreipeito às leis elementares da convivência (sons elevados, direção perigosa, por exemplo) etc.

E as virtudes? Muitas, principalmente lembrarmos de nossas origens culturais, praticadas ano a ano e que demonstram os traços de nossa personalidade social. Porém, num momento de reflexão para a necessidade de uma vida mais tranqüila para todos, considero o mais importante repensar nossos erros a partir dos própios erros praticados, pois só conseguimos enxergar o indevido vendo o nosso próprio sofrimento. Duro, mas real.

Ajudem-me a pensar.

Bom carnaval para todos.

Até.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Referendo na Venezuela

Hoje acontece na Venezuela votação para referendar a possibilidade de eleição permanente do presidente deste importante país da América do Sul. E o motivo deste comentário está na preocupação, caso seja aprovado, permitir a "eterna" eleição de uma mesma pessoa. Ela representaria o anúncio do controle total sobre o estado, o que em palavras mais conhecidas significaria ditadura. Não uma ditadura implantada de maneira imediata, mas em doses homeopáticas, lenta e sem a argumentação corriqueira da tomada do estado de forma inesperada pelos cidadãos. 

É importante lembrar que o que acontece de positivo hoje dentro de uma nação, não poderá sê-lo da mesma forma amanhã, e assim sendo torna-se necessário a troca dos gerentes do país, para que novas idéias possam refrescar as ações políticas. Os que permanecem durante muito tempo no comando tendem a praticar as mesmas ações em circunstâncias distintas, provavelmente por considera-las importantes dentro das ideologias que circudam seus governos.

Logo, a reeleição permanente não representa uma boa ação dentro da legislação política de um país, ficando o mesmo representante no poder, no máximo, até dois períodos governamentais, como, aliás, acontece atualmente no Brasil.   

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cidade Perdida

Tenho, nos últimos anos, tomado pavor da vida na cidade grande. A cidade grande vem demonstrando grande desinteresse aos seus cidadãos, principalmente àqueles que estão dispostos a correr sem esbarrar nos outros. Não tem sido fácil observar e vivenciar determinados acontecimentos que acometem a segurança da vida dos cidadãos.

Recentemente, saiu uma pesquisas com cidadãos do Rio de Janeiro que demonstrava o medo de receber "uma bala perdida" durante um eventual conflito entre marginais ou entre marginais e policiais. Não basta você depender da sorte de não ser abordado por marginais que atacam suas propriedades, como também agora, em decorrência do número cada vez maior de delitos criminosos, de não estar no lugar errado e na hora errada e "sobrar" para cidadão não envolvido no conflito diretamente uma "bala perdida".

Estaríamos numa "cidade perdida", caros cidadãos de bem? Acho o trocadilho bem apropriados para o momento. E se estamos perdidos, a solução e encontrar uma mapa para trilhar o caminho desejado. O problema está no fato de não termos nenhum mapa desenhado para o caminho desejado. Temos muitas reclamações e choros, mas não soluções. 

E dentro deste cenário cabe uma pergunta pouco confortável: Será que temos um caminho desejado? Se não temos, não será possível trilhar um mapa. Sugiro, então, que a discussão começe pelos contornos sociais que os cidadãos organizados pretendem para suas cidades, para então começarmos a discutir o mapa para encontrá-lo.

Ajudem-me a pensar.

Até o próximo pensamento.