segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cidade Perdida

Tenho, nos últimos anos, tomado pavor da vida na cidade grande. A cidade grande vem demonstrando grande desinteresse aos seus cidadãos, principalmente àqueles que estão dispostos a correr sem esbarrar nos outros. Não tem sido fácil observar e vivenciar determinados acontecimentos que acometem a segurança da vida dos cidadãos.

Recentemente, saiu uma pesquisas com cidadãos do Rio de Janeiro que demonstrava o medo de receber "uma bala perdida" durante um eventual conflito entre marginais ou entre marginais e policiais. Não basta você depender da sorte de não ser abordado por marginais que atacam suas propriedades, como também agora, em decorrência do número cada vez maior de delitos criminosos, de não estar no lugar errado e na hora errada e "sobrar" para cidadão não envolvido no conflito diretamente uma "bala perdida".

Estaríamos numa "cidade perdida", caros cidadãos de bem? Acho o trocadilho bem apropriados para o momento. E se estamos perdidos, a solução e encontrar uma mapa para trilhar o caminho desejado. O problema está no fato de não termos nenhum mapa desenhado para o caminho desejado. Temos muitas reclamações e choros, mas não soluções. 

E dentro deste cenário cabe uma pergunta pouco confortável: Será que temos um caminho desejado? Se não temos, não será possível trilhar um mapa. Sugiro, então, que a discussão começe pelos contornos sociais que os cidadãos organizados pretendem para suas cidades, para então começarmos a discutir o mapa para encontrá-lo.

Ajudem-me a pensar.

Até o próximo pensamento.

sábado, 23 de agosto de 2008

Olimpíadas

Porque torcemos tanto pelos atletas de nossos países durante as Olimpíadas? Porque nossos corações ficam apertados vendo os atletas disputarem competições esportivas? A resposta para esta pergunta é difícil, mas existem algumas sugestões para explicarmos esse fenômeno. A primeira delas está na noção pública de Nação, algo que simbolizaria a existência dos cidadão de um país perante outros cidadãos de outros países que teriam o mesmo ou semelhantes sentimento. Isto remete à noção de competição onde haveria uma disputa entre as nações para saber quais seriam as mais competentes no confronto direto, regidos por regras pré-estabelecidas. Ou seja, é uma guerra, mas sem matar uns aos outros. Como tendemos a resguardar nossos terrítórios e nossas histórias, tendemos a querer mostrar para as outras nações que somos melhores que elas. 

A outra possível explicação está provavelmente conectada diretamente na primeira e diz respeito às comunicações sociais. As organizações mídiáticas tem interesses políticos e comerciais com relação à opinião pública, e desta forma utiliza o seu poder para difundir a idéia de Nação junto aos espectadores, intencionando colher os resultados da exaltação da "Nação" que compete e está sendo incentivada pelos recursos comunicativos que as organizações midiáticas oferecem à opinião pública. Ou seja, exaltando a Nação, as organizações midiáticas colheriam frutos comerciais e políticos dos seus expecatadores. 

Ajudem-me a pensar.

Até o próximo pensamento.